Dentro da perspectiva de fazer com que os alunos possam traçar um paralelo entre a realidade virtual e real do nosso sistema prisional , o Prof. Robsom Mata ( Criminologia ) da Faculdade Luciano Feijão sempre procura trazer para as aulas palestras com pessoas que vivenciam o dia a dia desta realidade.
A convidada desta semana foi a Diretora do Presídio de Sobral ( PIRS ), nossa conterrânea Jôsy Monte Coelho.
Fazia muito tempo que não assistia uma palestra ou aula que chamasse a atenção de todos e fizesse com que permanecessemos sem dar um pio.
Atentos, os alunos ouviram a triste realidade de um presídio. Desde seu funcionamento administrativo, já que atualmente a diretora recebe R$ 3.000,00 por mês para a manutenção ( limpeza, combustível, troca de lâmpadas etc ) até as condições dos presos que ao chegarem deveriam receber kits com roupas , pratos , talheres, colchões e não dispõem nem disso.
No presídio não tem telefone fixo, o número de agentes prisionais é reduzidíssimo, a enfermaria faz de conta que funciona, e vez por outra diretora do presídio e agentes prisionais se veem na obrigação de mexer no próprio bolso para adquirir , pasmem, PAPEL HIGIÊNICO, para os presos.
O presídio de Sobral, embora seja uma construção recente e deveria ter um pouco de modernidade necessita com urgência de uma reforma. O projeto para tal reforma está pronto aguardando apenas o aval do Governo do Estado.
A diretora dispôe de um celular com cerca de R$ 200,00 em créditos e quando esses créditos acabam tem que apelar para seu celular pessoal.
Em alguns momentos, notei que alunos me olhavam como a perguntar :
-- E aí Vereador ?, como é que fica. ?
Sabemos que a segurança é dever do Estado , mas a população não perde a oportunidade para cobrar também de Vereadores, o que não estão de um todo errado, pois os Vereadores tem contato com deputados e poderiam dar uma forcinha junto ao Governo do Estado.
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