Reportagem da edição deste fim de semana da revista "Veja" afirma que o ministro do Esporte, Orlando Silva, participou de suposto esquema de desvio de dinheiro da pasta.
Na reportagem, a "Veja" ouviu o policial militar João Dias Ferreira, preso pela Polícia Civil de Brasília em 2010. Ferreira afirmou que o ministro teria comandando um esquema de desvio de verbas do programa Segundo Tempo, que visa incentivar a prática esportiva entre crianças e adolescentes. Conforme a revista, o suposto esquema teria desviado cerca de R$ 40 milhões da pasta nos últimos oito anos.
O autor das denúncias na “Veja”, João Dias Ferreira, foi candidato a deputado distrital em 2006. Preso em abril do ano passado, é suspeito de desviar R$ 2 milhões do programa Segundo Tempo por meio de entidades esportivas que ele comandava.
De acordo com a revista, a fraude ocorria após o repasse de verbas do programa para organizações não governamentais (ONGs). As entidades, diz a denúncia, só recebiam a verba após o pagamento de uma taxa que podia chegar a 20% do valor do convênio.
O partido do ministro também teria sido beneficiado com o esquema e o dinheiro, diz a revista, chegou a ser usado em campanhas eleitorais. O PC do B, aponta a "Veja", indicava fornecedores e obtia notas fiscais frias para justificar despesas.
O policial militar João Dias Ferreira diz que Orlando Silva chegou a receber dinheiro dentro da garagem do Ministério do Esporte. "Por um dos operadores do esquema, eu soube na ocasião que o ministro recebia o dinheiro na garagem."
Dias Ferreira teria dito à revista que, em 2008, após as primeiras denúncias sobre o programa Segundo Tempo, o ministério deixou de lhe dar suporte. Por conta disso teria ameaçado várias vezes de revelar a suposta fraude.
'Faz-tudo'
"Veja" também ouviu Célio Soares Pereira, que seria um "faz-tudo" no ministério. Ele afirmou que chegou a entregar dinheiro nas mãos de Orlando Silva. "Eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de 50 e 100 reais."
A revista diz que atualmente Célio Pereira trabalha em uma academia de ginástica do policial militar João Dias Ferreira.
Governador do DF
A revista cita ainda o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte. Conforme "Veja", investigações policiais indicam que entidades de Brasília, de pessoas ligadas a Agnelo, recebiam dinheiro da entidade e "que por meio de notas fiscais frias apenas fingiam gastar a verba com crianças carentes".
O G1 procurou a assessoria de imprensa do governador Agnelo, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
O policial militar que fez as acusações à "Veja" diz que o esquema de fraude no programa Segundo Tempo começou durante a gestão de Agnelo no ministério. Na época, Orlando Silva era secretário-executivo da pasta.
Oposição
Por meio de nota divulgada neste sábado, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), disse que vai protocolar na próxima semana representação na Procuradoria Geral da República (PGR), solicitando a abertura de investigação sobre a denúncia contra o ministro do Esporte e contra o governador Agnelo Queiroz.
O RESULTADO JA SABEMOS OU SEJA ' VAI DAR EM NADA ' .
“O Ministro do Esporte, Orlando Silva, anunciou por meio de nota na tarde desta segunda-feira (17) que protocolou na PGR (Procuradoria Geral da República) um ofício pedindo apuração do Ministério Público sobre as denúncias veiculadas pela revista Veja, neste fim de semana.
ResponderExcluirNo documento, o ministro “se coloca à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários”. Ainda no fim de semana, ele havia solicitado ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo para que a Polícia Federal investigasse o caso.
“É mais uma iniciativa para que todos os fatos sejam esclarecidos e que fique claro que as supostas denúncias não passam de mentiras e calúnias, feitas por um cidadão que está sendo processado pela Justiça”, disse o ministro em nota.
Trecho de uma postagem do Blog do Eliomar. Que diferença !!
No esporte é que tem roubalheira mesmo. Caso da CBF, caso dos times etc. Se jogar uma bomba no esporte, é caco de ladrão para todos os lados.
ResponderExcluirCom relação a reportagem da Globo, ficou claro os desvios das verbas. Esta Argentina deveria ir para a cadeia.