Agora é para valer. A presidente Dilma Rousseff, no tradicional estilo "fechar a torneira", riscou, na tarde de ontem, de uma só vez, R$ 92,7 milhões de 20 emendas parlamentares e individuais que poderiam vir para o Ceará este ano.
O veto mais significativo, de R$ 30 milhões, é o da emenda destinada à manutenção de perímetros irrigados do Estado, notadamente, uma péssima notícia para a economia local, por se tratar de um setor produtivo que vem se destacando nos últimos anos, inclusive, sendo responsável por recordes na exportação de frutas.
A infraestrutura logística também foi afetada com o veto de R$ 20,8 milhões na manutenção de trechos das BRs que passam pelo Estado, outra reclamação recorrente de cearenses e de caminhoneiros que pelo Estado têm de transitar.
Outra área importante e "tecla batida" no mundo empresarial como entrave para o desenvolvimento do Estado - a necessidade de qualificação de mão-de-obra local para ocupação de novas oportunidades de emprego -, também foi prejudicada com o veto, por parte da presidente, de R$ 29 milhões.
Deste montante, R$ 19 milhões poderiam ser aproveitados no fomento à elaboração e implantação de projetos de inclusão digital, o chamado Cinturão Digital; enquanto os outros R$ 10 milhões deveriam ser aplicados no apoio à implantação e modernização de Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) e aquisição de equipamentos.
Ambas as ações consideradas ferramentas estratégicas de capacitação de força de trabalho no Estado.
Os Estados nordestinos nunca foram prestigiados pela governo central. E acredito que poderá mudar daqui a 500(QUINHENTOS) anos.
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