A pouco mais de um mês para a eleição do comando da próxima legislatura da Assembleia de São Paulo, a reeleição do atual presidente, Barros Munhoz (PSDB), é dada como certa entre apoiadores e oposicionistas.
Pelo acordo que deverá ser selado com o PSDB, os petistas apoiarão Munhoz em troca da primeira e da quarta secretarias, estratégicas.
Os petistas Rui Falcão e Ênio Tatto manifestam interesse pela primeira, que cuida das finanças da Assembleia e do departamento de Recursos Humanos. A vaga deve ficar com Falcão.
Munhoz deve ser reconduzido inclusive com o apoio do PT, que, embora faça oposição e tenha feito a maior bancada do Legislativo paulista pela primeira vez em sua história, não tem maioria.
O atual presidente somente não é candidato único por conta do lançamento de Carlos Giannazi, do PSOL.
A eleição será em 15 de março, data da posse dos novos deputados do Estado.
O caminho para a reeleição de Munhoz foi pavimentado quando o também tucano Bruno Covas deixou a Assembleia para assumir a Secretaria de Meio Ambiente.
No fim do ano passado, Covas consultava a bancada do PSDB para aferir os apoios, caso decidisse brigar para ser o candidato, e era a maior ameaça para os planos do atual presidente.
Mas o neto do ex-governador Mário Covas deixou a estrada livre ao tomar posse como secretário estadual.
O também tucano Celino Cardoso ainda se movimenta para tentar adesões a uma eventual candidatura, mas, por ora, não reúne apoios que possam colocar em risco a reeleição de Munhoz.
O PT, que elegeu 24 deputados, contra 23 do PSDB --ao todo, são 96 cadeiras--, tem, por regimento, o direito de fazer o presidente.
Mas o partido não teria apoio suficiente para fazer a maioria porque só tem ao seu lado deputados de outras quatro legendas: Pedro Bigardi e Leci Brandão, ambos do PC do B; Major Olímpio (PDT); e Giannazi, que neste caso não sairia candidato.
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