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quinta-feira, 17 de março de 2011

Tasso acredita que oposição pode se unir em partido único

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou que a tendência, a médio prazo, é que haja uma fusão dos partidos de oposição no país (PSDB, DEM e PPS). Para ele, a tendência atual no Brasil é de cooptação, o que favorece esse movimento.

“Político hoje no Brasil se coopta, através de vantagens disso e daquilo. E cada vez menos se vê políticos de oposição. Prefeito de oposição, por exemplo, não existe mais. Governador de oposição, está difícil. E parlamentar agora está ficando raro. Então, para aqueles que acreditam que há necessidade, para a democracia brasileira, de se fazer uma oposição correta, pode ser um destino”.

Porém, Tasso, que assumiu ontem uma posição no conselho estratégico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), afirmou que não é o ideal que essa fusão ocorra neste momento, argumentando que existem diferentes linhas de oposição no País.

“Mas, à medida que as coisas estão se desenvolvendo assim, 100% na base da cooptação, acho que quem tem um pouco de convicção, de compromisso, acaba se juntando ao redor desse compromisso”, disse.

O ex-senador ainda afirmou que acha que a discutida saída do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) é um “movimento triste”. “Não estou falando especificamente do Kassab, mas eu acho esse movimento muito triste. A gente vê que todas essas tentativas de mudança de partido são em função de interesses pessoais de curto prazo”, disse.

Kassab deve oficializar nesta semana sua saída do DEM para criar uma legenda própria, o PDB (Partido da Democracia Brasileira).

O objetivo do movimento é driblar a regra da fidelidade partidária e, depois, promover a fusão da nova sigla com o PSB. Kassab quer disputar o Governo do Estado em 2014.

O plano tem sido atrapalhado, porém, pelas baixas nas adesões previstas para a nova legenda. Nomes como a senadora Katia Abreu (TO) e o governador Raimundo Colombo (SC), já saíram da lista de adesões imediatas.

“Usar essa movimentação política em torno de circunstâncias, de oportunidades, e não se ter realmente uma linha, um partido com um programa com que as pessoas tenham compromisso, é muito ruim para a democracia”, afirmou Tasso.

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