Em sua primeira hora de fundação, o PSD (Partido Social Democrático) atraiu nesta quarta-feira (13) cerca de 30 deputados federais, hoje ligados a partidos governistas e oposicionistas e que militarão pela nova legenda a partir de junho. Idealizador da iniciativa, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (saindo do DEM) afirmou que os futuros correligionários trabalharão “sem patrulhamento”. A maioria pertence a partidos de oposição, mas a ata com os nomes ainda não foi disponibilizada.
No ato de fundação na Câmara dos Deputados, estiveram, além de Kassab, o governador do Amazonas, Omar Aziz (PMN), o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif (DEM), os senadores Sérgio Petecão (PMN-AC) e Kátia Abreu (DEM-TO), entre outras lideranças regionais. A expectativa é de que a legenda atraia entre 40 e 50 deputados.
Kassab afirmou que apesar de o partido contar com apoiadores da presidente Dilma Rousseff, haverá liberdade para dissidentes. Índio da Costa (DEM-RJ), por exemplo, é adversário da petista e foi candidato a vice na chapa derrotada de José Serra (PSDB) nas eleições presidenciais de 2010. “Temos que ter respeito pelos companheiros que chegaram aqui e com seus compromissos”, disse o prefeito de São Paulo. “[Mas haverá] Liberdade para votar os bons projetos da presidente. Não haverá camisa de força, estamos em uma transição em que não haverá patrulhamento."
Sem programa definido, o PSD iniciará rodadas de discussão pelo Brasil para se consolidar ideologicamente, disse Kassab. Oposicionistas do PSDB, do PPS e do DEM acusam a legenda de adesismo, por indicar apoio tanto a Dilma como a potenciais adversários dela nas eleições de 2014, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Estamos à disposição para ajudar a presidente, mas isso não significa atrelamento”, afirmou o prefeito. “Nós não nos sentimos como base de apoio, somos independentes."
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