Na audiência pública realizada nesta segunda-feira (16/05), na Assembleia Legislativa, para discutir a proposta do Plano Nacional de Educação (PNE), o relator do projeto na Câmara Federal, deputado federal Angelo Vanhoni (PT-PR), afirmou que grande parte da população brasileira não tem acesso a educação. Para o parlamentar, uma sociedade soberana e democrática só se consegue por meio do conhecimento e valorização do professor. “Podemos ter a melhor escola, mas se não tivermos um professor motivado com um salário digno, não vamos conquistar a educação que queremos para o nosso País”, pontuou.
O coordenador de discussão do PNE no Ceará, Professor Idevaldo Bodião, protestou contra a falta de prioridade para a educação no Brasil. “Eu falo em nome de milhões de brasileiros, muitas das propostas (do PNE) não custarão nada para o Governo”, afirmou.
Bodião ressaltou a importância das exigências serem olh adas de maneiras “alargadas e cuidadosas”. O educador defendeu o aumento dos recursos para o setor. “Pedimos que os deputados deem uma olhada razoavelmente cuidadosa. Nós queremos pelo menos 10% do PIB. Está mais do que na hora do Brasil trabalhar naquilo que é necessário”, disse.
O deputado federal José Linhares (PP-CE) destacou a necessidade de se valorizar os profissionais da educação. “Nenhum de nós estaríamos aqui se não fossem os nossos professores. Queremos ouvir a voz do povo e esse é um momento riquíssimo para a história do Ceará”, afirmou.
A representante da Secretaria de Educação do Estado, Cristiane Holanda, frisou a possibilidade de ver algumas das metas realizadas. “A Secult está apoiando o PNE e torcendo para que, com a vontade política séria e o investimento público necessário, possamos conseguir um futuro melhor”, ressaltou.
Já o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Francisco Elísio, lembrou que o PNE define metas de qualidade que implicam no aumento de despesas. “Defendemos desde já 7% do PIB em educação para que nos anos seguintes possamos ter 10% para a causa”, pontuou. Para Elísio, é preciso pensar uma política de salários e um plano de cargos.
A audiência contou ainda com a participação de representantes de entidades e sindicatos ligados à educação.
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