Luiz Torquato se espelha no ex-presidente vascaíno para gerir o campeão da Série D
São poucos os que não abrem um sorriso ao falar de Luiz Torquato. A reação, obrigatoriamente, passa pelo folclore que cerca o presidente do conselho deliberativo do Guarany-CE, atual campeão brasileiro da Série D.
Afinal, o cartola, admirador confesso de Eurico Miranda, protagoniza há 28 anos polêmicas das mais variadas à frente do clube – de discussões a tiros contra jogadores. Agora, após o primeiro grande título, quer descanso, mas não consegue abandonar sua paixão. “Sou fã incondicional do Eurico Miranda porque ele e a família amam o Vasco. Os outros são interesseiros, não valem nada”, diz.
Luiz chegou ao Guarany em 1982, época em que o clube andava praticamente abandonado. Seus métodos, desde o início, eram questionados: brigava com jogadores, intimidava árbitros e ignorava os princípios da administração.Sem a gestão devida, viu o Cacique do Vale passar por dificuldades e perder seus bens – a sede do clube foi a leilão, mas, arrematada pela prefeitura, foi devolvida ao dono original.
Os problemas não ameaçavam sua permanência à frente do Guarany. Afinal, a política do clube sempre foi resolvida em casa: dos 21 membros do conselho deliberativo, 16 fazem parte da família Torquato, enquanto os outros cinco são amigos.
A cada dois anos, o grupo se reúne para escolher o novo presidente. Esposa e o filho mais velho, Luizinho, são alguns dos que passaram pelo cargo – o último é o atual mandatário. Mesmo fora da presidência, Luiz ainda é responsável por boa parte das decisões do Guarany.
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